Segundo domingo de agosto

Segundo domingo de agosto. Dia dos pais. Dia que muitas mães solo se desdobram para que essa data não seja dura demais.

Dia que a mãe arruma o filho para passar o dia com o pai que, no dia a dia não é pai, apenas um nome na certidão.
Dia que a mãe se controla para ouvir mais justificativas pífias, e sorrir, porque pai pode escolher entre assumir ou não a responsabilidade de criar um filho.

Homem não precisa ser pai, dar exemplo, educar, ter disponibilidade…para o pai sempre cabe a opção de escolher entre sim ou não. Simples assim!

Escolhe também o valor da pensão, o dia que deposita, o que desconta, quando visita, o que aceita pagar por fora, os passeios que se permite estar presente, as programações que nunca acontecem, mesmo com tudo acordado na justiça, só faz o que lhe convém. E assim também acontece com a família paterna, se anula.

A família do pai também carece de responsabilidade, e se for inquirir terão milhões de desculpas, porque, afinal, é a mãe que tem levar a criança para conviver com o lado paterno, certo? A mãe que tem que manter o laço, porque a mãe tem que fazer tudo, já o pai pode jogar bola, ficar no sofá, sempre com justificativas amparadas pela família.

Perguntar se a criança está bem no dia a dia, se precisa de alguma coisa, uma ligação aqui, outra ali, nada! É como se não existisse, nem curtida recebe. Todavia, convida para uma festa para ver…. Presença garantida!

São erros atrás de erros que ninguém tem capacidade de olhar com afeto e perceber que, precisa ser corrigido. Por outro lado, essa mesma incapacidade ocorre quando ninguém questiona essa paternidade horrorosa, essa distância que a própria família cria, sem vínculos, sem amor, mas sempre com muitas desculpas para legitimar suas ações.

Sim, não podemos generalizar, existem homens responsáveis em suas funções como pai, sim! No entanto, há 5,5 milhões de crianças sem registro de pai na certidão de nascimento no Brasil, e fora outras tantas que convivem com pai de fases, quando tem plateia da família e amigos, se apresenta; quando não, é um ser inerte, imprestável ou irascível dentro de casa.

História e muitas apresentações sem sentido, e com muita esperança que algo mude, porque já basta de tanta hipocrisia, e pai recebendo “feliz dia dos pais” sem ser.

Por dias das famílias!😍 Chega de perpertuar tradições, já que virou facultativos exercer certas funções.😉

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